O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, negou que haja algum acordo com o prefeito de São Paulo, João Doria, para impedir a realização de prévias - tanto para a indicação do candidato do PSDB ao governo do Estado quanto para a Presidência da República.
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Coluna do Estadão
publicou nesta terça-feira, 20, que o grupo de Alckmin, que é pré-candidato a presidente, fez um acordo com o do prefeito, que tem intenção de ser candidato a governador. Se o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, desistir de disputar a vaga de candidato do PSDB ao Planalto, também não haverá prévia para a escolha do indicado do partido ao governo paulista. A aliança beneficiaria Alckmin e Doria, que não precisariam passar pelo desgaste das prévias.
"Caberá ao diretório do PSDB do Estado de São Paulo definir o formato da prévia e a data da prévia. Essa reunião está marcada para o dia 5 de março. E será o diretório que vai definir, caso tenhamos mais de um candidato", disse o governador, depois de participar de evento na fábrica da GM em São Caetano do Sul.
Alckmin também foi questionado sobre a especulação em torno do nome do economista José Roberto Mendonça de Barros para fazer parte da equipe que vai elaborar sua agenda econômica para a campanha presidencial. Ele negou que tenha tido qualquer conversa com Mendonça de Barros sobre isso, mas elogiou o economista. "Poucas pessoas têm tanta experiência quanto ele."
O governador confirmou ontem o nome de Persio Arida, um dos formuladores do Plano Real, em 1994, como coordenador da elaboração de sua agenda econômica. Segundo Alckmin, será uma agenda para estimular a competitividade do Brasil e "desburocratizar" a economia.
(André Ítalo Rocha).