O PP, partido do ex-governador Alberto Pinto Coelho e do pré-candidato ao governo de Minas Dinis Pinheiro, mudou de comando em uma conturbada reunião nessa quarta-feira 21 em Brasília. A troca, articulada pela bancada federal mineira, foi para jogar água na recente aproximação entre Dinis e o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB) e garantir o apoio do partido à pré-candidatura do deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB) ao Palácio da Liberdade.
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Reunião quente
O deputado federal Dimas Fabiano não quis dar detalhes mas confirmou que a reunião foi “acalorada”. Segundo ele, a bancada federal quis a troca de comando para ter um presidente mais preocupado com a reeleição dos parlamentares.
Segundo o parlamentar, a bancada federal também deixou claro que, em caso de composição, o pré-candidato ao governo preferido é Rodrigo Pacheco. Os deputados já estão em conversas com o emedebista, que está prestes a migrar para o DEM. “Se o Dinis permanecer no PP como candidato tem preferência, mas temos informações de que não vai e o Lacerda não tem a simpatia de nenhum deputado federal. O Dinis saindo, automaticamente o Pacheco é nosso candidato”, disse.
Preferência por Pacheco
Questionado sobre a briga, o deputado Luiz Fernando Faria confirmou que Dinis teria se exaltado. “É o estilo dele, quando tem interesses contrariados fica um pouco mais exaltado, mas nada que abalasse nossa relação antiga”, disse.
Segundo Faria, a bancada queria mudar o comando do PP mineiro há mais tempo e entendeu que esse era o momento certo para colocar um deputado federal à frente da legenda. “Foi por unanimidade. Cheguei a ponderar porque o Alberto sempre presidiu o partido mas a bancada achou por bem trocar”, disse. Na prática, a mudança foi para tirar de Dinis o controle da decisão nas eleições.
O deputado federal Toninho Pinheiro, irmão de Dinis, lamentou o desentendimento na reunião e negou que a mudança na legenda tenha ocorrido por causa de Rodrigo Pacheco. "O presidente Ciro Nogueira elogiou o Dinis e disse que PP está junto com sua pré-candidatura. Se ela não vingar aí vamos discutir democraticamente depois o que fazer", disse. Ele disse ter apoiado a troca de presidente por considerar saudável o rodízio.
O ex-presidente da Assembleia Dinis Pinheiro foi procurado pela reportagem durante toda a manhã mas não retornou até o momento..