Sem admitir ser candidato, mas em campanha e lançado ao Palácio do Planalto pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) declarou nesta tarde, na Prefeitura de Belo Horizonte, que espera que a intervenção federal no Rio de Janeiro não tenha sido motivada pela decisão do presidente Michel Temer (MDB) de concorrer à reeleição.
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Segundo Maia a candidatura do DEM à Presidência da República será tratada após o período da janela partidária em abril. Apesar disso Mendonça Filho afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados será o escolhido na convenção nacional da legenda, em 8 de março, quando o prefeito de Salvador ACM Neto assumirá a presidência nacional do partido. Cotado para ser candidato a vice-presidente em uma chapa com Geraldo Alckmin (PSDB), Mendonça filho declarou que a intenção do DEM é mesmo ter candidatura própria.
Rodrigo Maia chegou a Belo Horizonte à tarde, acompanhado de Mendonça Filho, do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (MDB), e, sob o pretexto de "testemunhar" a assinatura da liberação de R$ 17,5 milhões para as escolas municipais, participou da solenidade na Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo Mendonça Filho, os recursos são do Fundo Nacional da Educação e serão destinados à compra de 35 ônibus escolares, a aquisição de equipamentos de informática para as escolas da rede municipal de educação e a construção de dez quadras cobertas, além da aquisição de equipamentos musicais para bandas vinculadas à rede municipal .
Segundo Mendonça Filho, a liberação dos recursos atendem à indicação da bancada federal mineira. Acompanharam o ato os deputados federais Marcus Pestana (PSDB), Carlos Melles (DEM), Leonardo Quintão (MDB), Marcelo Aro (PHS) e Weliton Prado (PROS).
Agenda econômica
Boa parte das medidas econômicas propostas pelo governo Michel Temer (MDB) em substituição à reforma da Previdência será aprovada até meio do ano, disse ontem Rodrigo Maia. Mas ele voltou a criticar as 15 medidas anunciadas pelo Planalto, dizendo que não tratam do que chamou o principal problema do Brasil: a discussão das despesas do governo federal. "Os projetos podem avançar, mas não tratam de redução de despesas obrigatórias que consomem mais de 100% do orçamento”.
Embora tenha criticado o plano, chamando-o de "plano V de velho", ele disse que os projetos devem avançar na Câmara. Maia citou a privatização da Eletrobras, afirmando que vai instalar uma comissão para votar a proposta até 15 de abril e disse que a reoneração da folha de pagamento está pronta para ser votada no plenário, o que deve ocorrer em uma ou duas semanas.
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