São Paulo - Atual secretário de assuntos estratégicos do Estado de Goiás, Ricardo Balestreri disse nesta sexta-feira ter sido surpreendido pelo movimento encabeçado pela Federal Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) para indicá-lo ao Ministério da Segurança Pública, cuja criação foi anunciada pelo presidente Michel Temer na semana passada. Balestreri disse que "não corre atrás, mas não fecha portas": "Em tese, tudo é possível".
Balestreri foi secretário nacional de Segurança Pública entre 2008 e 2010 no governo Lula. Ele também presidiu a seção brasileira da Anistia Internacional e formatou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), criando ainda a Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp).
"Fui honrosamente surpreendido e me sinto muito honrado. A Federação tem uma história gloriosa na defesa da segurança pública e sempre foi uma grande parceira", disse. Ele disse que o movimento da categoria foi espontâneo, e, em parte, ocorreu em razão do trabalho realizado na capacitação dos agentes enquanto integrava o Ministério da Justiça.
''Tudo é possível''
Na hipótese de um convite, o secretário disse que não fechará portas. "Já tenho idade para não correr atrás, mas também não vou impedir que as coisas aconteçam. Em tese, tudo é possível. Deixa as pedras rolarem e vamos ver onde elas param", completou.Balestreri foi por um ano o secretário de Segurança de Goiás, período no qual relata ter conseguido reduzir todos os principais indicadores criminais. Ele deixou a pasta para assumir os assuntos estratégicos na semana em que houve uma rebelião numa cadeia do Estado, em janeiro deste ano. A administração penitenciária também era responsabilidade dele, mas com a crise acabou sendo criada uma pasta específica, o que já era pleito da gestão.
A Federação representa 14 mil agentes. "Balestreri tem histórico de êxitos no setor: foi secretário nacional de segurança pública e possui extensa carreira dedicada à formação, qualificação e valorização dos profissionais da área", diz em ofício enviado ao presidente Michel Temer, que ainda não divulgou qual será o seu escolhido.