A Polícia Civil mineira concluiu nesta quinta-feira o sétimo inquérito envolvendo fraudes na Câmara Municipal de Santa Bárbara envolvendo mais de 50 pessoas e desvio de verbas superior a R$ 4 milhões. Desde julho do ano passado estão presos o presidente da Câmara, dois ex-presidentes, vereadores, empresários e ex-servidores públicos. Foram afastados 10 dos 11 vereadores e outros dois suplentes.
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Nos últimos 14 meses, polícia prendeu 24 vereadores em MinasVereadores de Santa Bárbara, em MG, são presos por corrupçãoA nova etapa envolve fraude em licitação para beneficiar uma empresa contratada para a apresentação de eventos artísticos em 2014.
“Foi apurado que uma das empresas concorrentes, que realizou proposta com a intenção de ser derrotada, é administrada por filho do administrador da empresa vencedora e sequer trabalhava com o serviço licitado. Outra empresa, da mesma forma, realizou proposta superior, sem sequer ter acessado o edital de licitação, repassando a proposta diretamente para a empresa Manguinha Promoções Ltda. Tudo foi planejado pela empresa vencedora previamente com a Câmara Municipal de Santa Bárbara”, afirmou o delegado Domiciano Monteiro, responsável pelas investigações.
De acordo com o policial, entre as ilegalidades apontadas estão a apresentação de propostas com datas anteriores à publicação do edital, descumprimento de prazos legais e não apresentação de documentação exigida em lei.
Ainda segundo as investigações, a empresa prestou o mesmo serviço anteriomente, sem que tenha havido licitação.
Foram indiciados o então presidente da Câmara Municipal, Juarez Camilo Carlos, os assessores jurídicos Luiz Carlos Monteiro de Barros e Frederico Magalhães Ferreira, os integrantes da Comissão de Licitação, Maria Aparecida Ferreira da Silva e Silva, Willian da Silva Mota e Eliane Maria de Souza e os empresários José Olinto Pessoa Costa (Manguinha), Milton Gonçalves Pacheco e Vagner Ferreira Costa. .