Mesmo após a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que negou um habeas corpus preventivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ele não ser preso pela condenação no caso do Triplex, o petista vai manter a agenda de pré-campanha ao Planalto pelo país. A nova caravana anunciada começa no dia 19 de março em Bagé, no Rio Grande do Sul.
A agenda de Lula no dia 19 prevê uma conversa pública com o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, em Santana do Livramento, que fica na divisa com aquele país. O assunto será o desenvolvimento da América do Sul. O roteiro prevê 21 paradas em cidades, incluindo as capitais Porto Alegre, Curitiba e a turística Foz do Iguaçu.
Antes, no dia 15 de março, Lula participa do Fórum Social Mundial na Bahia. O evento começa no dia 13 em Salvador e vai reunir dezenas de organizações sindicais e representantes de movimentos sociais.
Continua viajando
Nesta terça-feira (6),pouco antes de ter o pedido de habeas corpus negado pela Justiça, Lula disse sofrer uma inquisição. “Cabeça erguida porque a luta continua!”, afirmou pelo Twitter. O petista disse estar dormindo com a consciência tranquila. “É plenamente possível a gente recuperar esse país. Não vou pedir voto pra mercado, vou falar com o povo brasileiro. Vou continuar viajando. Dia 19 vou pro Rio Grande do Sul com a caravana”, afirmou.
Lula esperava conseguir um habeas corpus preventivo para evitar sua prisão assim que a sentença do Tribunal Regional Federal (TRF4) for cumprida. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão e a pena deverá ser executada assim que forem concluídos os recursos do processo. Por cinco votos a zero, o recurso foi negado pela 5ª Turma do STJ.
Recurso no Supremo
Depois de ter o pedido recusado pelo STJ, a defesa do petista agora aposta no julgamento de outro recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que Lula seja preso nos próximos meses. Entre as alegações para impedir a prisão estão o fato de o petista ter 72 anos e ser o pré-candidato a presidente que está em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais.