Rio - De um total de 190 países, o Brasil ocupa a 152ª posição no ranking de representatividade feminina na Câmara dos Deputados. São apenas 54 mulheres para um total de 513 parlamentares (10,5%). O dado faz parte da pesquisa "Estatísticas de gênero - Indicadores sociais das mulheres no Brasil", divulgada nesta quarta-feira, 7, pelo IBGE.
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Mulheres pressionam para que Câmara vote PEC que cria cotas no LegislativoCCJ da Câmara aprova PEC que assegura cota mínima para mulheres no LegislativoSenado aprova em 2º turno cota para mulheres no LegislativoO País tem cotas para mulheres nas candidaturas. De acordo com a atual legislação, "cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo". Mas não há tanto apoio financeiro às candidatas femininas, então poucas se elegem, avalia o IBGE.
A pesquisa, divulgada na véspera do Dia Internacional da Mulher, mostra uma situação também desigual em outros campos da atividade profissional. O porcentual de profissionais do sexo feminino que ocupam cargos gerenciais no País é de 37,8%; este número cai para 34,5% no caso de trabalhadoras pretas e pardas.
As mulheres ganham em média três quartos do salário dos homens, se ocupam mais de trabalhos com carga horária parcial e têm trabalhos por conta própria, uma vez que são sobrecarregadas por serviços domésticos e cuidados com filhos e idosos - a dedicação a essas tarefas é de cerca de 73% a mais de horas do que os homens.
A pesquisa mostra que o rendimento médio mensal entre os homens é de R$ 2.306, contra R$ 1.764 para as mulheres. Isso persiste ainda que a escolaridade feminina seja mais elevada.