Brasília, 08 - Lançado na noite desta quinta-feira, 8, como pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes aproveitou o Dia Internacional da Mulher para criticar a cultura machista e admitir que na campanha presidencial de 2002 cometeu um erro ao fazer um comentário sobre sua ex-mulher, a atriz Patrícia Pillar. "Talvez possa ter sido o maior erro que cometi na vida", reconheceu.
Em 2002, quando foi candidato à presidente, Ciro disse, durante entrevista, que a importância de sua mulher Patrícia Pillar na campanha estava no fato de "dormir" com ele, o que gerou críticas à época. O comentário não só prejudicou a candidatura como marcou sua trajetória política, a ponto do pré-candidato dizer hoje que tomará mais cuidado com as palavras na campanha de 2018.
Após reunião da Executiva Nacional do PDT, Ciro participou de um evento com mulheres do partido. Em seu discurso, Ciro disse que foi educado para "respeitar as mulheres", que seus governos empoderaram as mulheres "quando não era moda", mas que a sociedade precisa aprender a não fazer piadas de cunho machista. O ex-ministro disse que, se eleito, trabalhará para enfrentar as desigualdades, incluindo a de gênero.
Em discurso, o presidente da legenda, Carlos Lupi, saiu em defesa do pré-candidato. "O Ciro é um homem profundamente elegante", declarou.
Acompanhado de familiares e de seu irmão, o ex-governador Cid Gomes, Ciro disse que aceita a tarefa de representar o PDT na disputa presidencial. "Nenhum de nós pode faltar ao Brasil nessa hora tão difícil", declarou.
(Daiene Cardoso)