Pouso Alegre (MG) - Eram 17h desta quinta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, e o deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato à Presidência pelo PSL, ainda tinha outros três eventos públicos pela frente em cidades do sul de Minas. Ele já tinha feito quatro saudações às mulheres pela efeméride, sempre homenageando a mãe, que completa 91 anos no dia 28. Bolsonaro abriu todas as falas na linha: "Sem vocês não seríamos nada".
Leia Mais
Bolsonaro quer criar a 'bancada da metralhadora''Não sou bom, mas os outros são muito ruins', diz Bolsonaro Lula segue liderando intenções de voto com 33,4% diz CNT/MDA; Bolsonaro tem 16,8%Jair Bolsonaro quer criar campos de refugiados em Roraima para venezuelanosBolsonaro encara ambiente hostil no PSLBolsonaro: se botar mulheres, vou ter que indicar quantos afrodescendentes?O próprio Bolsonaro falou sobre o "estigma" de machista que, segundo ele, a imprensa e os adversários tentam lhe imputar.
Antes, ao ser recebido no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), Bolsonaro fez a primeira saudação às mulheres, mas, logo em seguida, derrapou. "Não me faça pergunta idiota", disse o deputado à repórter de uma rádio que o questionou sobre o imbróglio com a deputada petista Maria do Rosário (RS), que lhe rendeu um processo por apologia ao estupro no Supremo Tribunal Federal. "Chora, Rosário", gritavam os apoiadores.
Segundo a segurança do aeroporto, cerca de 200 pessoas, entre passageiros, trabalhadores e militantes, foram especialmente para prestar apoio a Bolsonaro. Número muito inferior à previsão de mil bolsonaristas repassada na véspera pelos organizadores da recepção à administração de Viracopos.
Na rodoviária de Pouso Alegre, onde Bolsonaro fez a terceira saudação do dia às mulheres (a segunda foi em cima de um carro de som), o público também foi inferior à expectativa dos organizadores. A Polícia Militar não fez estimativas, mas, segundo policiais que estavam no local, menos de 400 pessoas acompanharam atentamente o discurso do pré-candidato e vibraram com as frases mais agudas aos gritos de "mito, mito".
Mobilização
Embora a passagem do deputado fluminense por Pouso Alegre, Borda da Mata, Ouro Fino e Monte Sião tenha sido organizada por pastores evangélicos, havia empresários, estudantes, profissionais liberais, militares, maçons e curiosos, alguns deles mulheres.
"Não gosto desse negócio de feminismo.