Jornal Estado de Minas

'O que se discute é se ele vai pra cadeia ou não', diz Roberto Freire sobre Lula


O presidente do PPS, Roberto Freire, afirmou na manhã desta sexta-feira (9) que não conta com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sucessão presidencial e que a tendência majoritária da legenda é apoiar o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). O dirigente veio a Belo Horizonte para acompanhar a filiação do ex-governador Alberto Pinto Coelho à legenda.

Para Freire, o cenário da disputa presidencial ainda está indefinido, mas é certo que Lula não será candidato. “Hoje o que se discute é se ele vai para a cadeia ou não e qual é o momento, não tem outra coisa. Ele é um ficha-suja”, disse. Segundo o presidente do PPS, o Brasil está superando um dos momentos mais difíceis de crise do ponto de vista econômico, político e de valores. “Neste momento o fundamental é observar a constituição e as leis. E neste sentido, não tem que se estar discutindo Lula candidato, é um ficha-suja, uma das leis mais importantes para quem quer moralidade na vida pública”, disse.


O senador Cristóvam Buarque (PPS), que já concorreu à Presidência da República, quer se candidatar ao posto de Michel Temer (MDB). Roberto Freire disse que há “setores” no PPS que discutem a candidatura própria. “Por isso não estou dizendo que estamos apoiando já Alckmin, porque tem setores que ainda defendem isso”, afirmou.

Roberto Freire disse que o fraco desempenho de Geraldo Alckmin nas pesquisas pode ser revertido. De acordo com ele, sem Lula é preciso avaliar para quem os votos vão migrar. Freire disse que o plano B do PT, da candidatura de Fernando Haddad, “foi abatido” e que os petistas caminham para um plano C.  “Será esse plano C aquele que vai ser herdeiro de todos esses votos ou isso vai para um outro partido que é participante dessa hegemonia lulopetista?”, questionou.

O presidente do PPS disse que Alckmin tem uma excelente gestão no Governo de São Paulo e que é o perfil ideal para assumir a presidência da República. “Talvez seja o ideal para o país que está saindo dessa crise, é uma pessoa de diálogo, um homem ponderado que não é capaz de gerar atritos.
O Brasil precisa muito disso.”.