O prefeito Alexandre Kalil (PHS) classificou neste sábado de “fantasiosas” as declarações feitas pelo colega de partido e vereador Gabriel Azevedo de que ele estaria fazendo uso político do Atlético e pagando vereadores – com dinheiro da Empresa Municipal de Turismo (Belotur) – para fazer parte da base de governo na Câmara Municipal.
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Kalil afirmou ainda que não vai acionar o vereador judicialmente nem cobrar uma retratação. “Escolho o tamanho dos meus inimigos. Inimigo meu tem que ter currículo, ele ainda está muito novo para ser um inimigo. Quem sabe daqui a uns 20 anos?”, disse.
No final da tarde dessa sexta-feira vazou em redes sociais uma conversa gravada entre Gabriel Azevedo e o secretário Municipal de Desenvolvimento Daniel Nepomuceno, ex-presidente do Atlético Mineiro, em que o vereador o questiona sobre a admissão do filho de outro parlamentar, Jair di Gregório (PP), na categoria de base do Atlético, em troca de apoio político para a Prefeitura no Legislativo. A gravação foi feita na manhã de sexta, sem conhecimento de Nepomuceno.
“A matéria é fantasiosa, delirante. Sempre que me pedem para fazer teste no Atlético eu mando, mas não foi esse o caso. O menino está fazendo um teste, é uma covardia com ele”, afirmou Kalil. “Ele pode se defender da matéria do jornal com tranquilidade. Não precisa atacar a família dos outros”, completou o prefeito.
Além de conselheiro do Galo, Gabriel Azevedo foi coordenador de campanha de Kalil nas eleições de 2016, mas, depois de se eleger na Câmara, declarou-se independente. Na gravação com Nepomuceno, Azevedo afirma que a prefeitura teria comprado apoio político na Câmara.
“O Jair di Gregório teve na minha sala, falou que a Belotur está pagando para a base, está dando dinheiro para a base. E me disse claramente que o prefeito, para manter ele na base usou o Galo, colocou o filho dele, durante a sua gestão, para jogar na base (do Galo)”, disse. Na sequência, Nepomuceno responde: “Entendi. Direito seu, velho. Isso é verdade. Não posso falar nada, porque é verdade.
Velha política
Azevedo alega que tem sido atacado pelos parlamentares por causa da tramitação de projetos e por pressionar pela abertura da CPI da BHTrans, para auditar a empresa. “Eu entendo que eu incomodo querendo que o processo legislativo ocorra como tem que acontecer. Mas manter a base totalmente feita coma velha política, usando o Galo, usando dinheiro público, usando Belotur, é foda, né”, retruca o vereador na gravação.Kalil rebateu dizendo que a CPI da BHTrans seria destinada a investigar a gestão do ex-prefeito Marcio Lacerda. “É uma desfaçatez dizer que estou trabalhando contra a CPI”, reclamou. Eduardo Nepomuceno e Jair di Gregório afirmaram na noite de sexta-feira que vão acionar o colega de plenário judicialmente. .