Depois de visitar 142 municípios mineiros e anunciar aos quatro cantos que pretende disputar o governo de Minas Gerais pelo PSB nas eleições de outubro, o ex-prefeito de Belo Horizonte afirmou na manhã deste sábado que conta com o apoio de integrantes do PSDB e PT na disputa pelo Palácio da Liberdade.
Embora as duas legendas tenham candidatos a governador – provavelmente Antonio Anastasia e Fernando Pimentel, respectivamente –, Lacerda afirmou que tem conversado com vários prefeitos que se identificam com as propostas dele para aliviar as prefeituras.
“Não diria que são dissidências, mas nesse momento, especialmente para os prefeitos que estão enfrentando a dura realidade desse momento e vão ficar até o final de 2020, antes de se preocuparem com siglas partidárias, embora as lealdades partidárias sejam importantes, estão preocupados com o futuro das suas cidades e enxergam nas minhas propostas o melhor caminho para tirar o Estado de Minas Gerais do buraco, da crise em que se encontra”, afirmou Lacerda, que ontem participou de um encontro com prefeitos e vereadores do PSB de municípios da Região Metropolitana.
Marcio Lacerda alega que sua candidatura será uma terceira via à tradicional disputa entre PT e PSDB. “Devemos dar ao eleitor a oportunidade de mais de duas escolhas”, argumentou.
Com apenas 47 segundos de tempo de televisão e uma campanha reduzida pela legislação eleitoral a apenas 45 dias, o ex-prefeito de BH ponderou que tem conversado com outras legendas em busca de alianças, e até agora, especialmente o PPS, PSD, PDT e Solidariedade.
Uma das dificuldades que ele admite ter é o fato de ainda ser desconhecido de boa parte dos eleitores de Minas Gerais – daí a importância da propaganda eleitoral de rádio e televisão.
Na semana que vem, Lacerda terá uma conversa com a direção nacional do PSB para tratar de apoio e estrutura da campanha, especialmente a questão financeira. O PSB não deverá ter candidato a presidente da República, e a Executiva liberou os diretórios estaduais para fazer alianças e definir apoio a presidenciáveis nos estados.