Em entrevista ao jornal chileno La Tercera, o presidente Michel Temer evitou mais uma vez responder se vai ou não disputar a eleição para presidente da República neste ano. Em vez disso, afirmou que é "candidato a entregar um país melhor a meu sucessor". Disse também que "já foram esclarecidas as especulações" em torno da alegação de que a intervenção federal no Rio de Janeiro foi lançada com objetivos políticos.
A entrevista foi publicada no sábado, 10. Temer está neste domingo, 11, em Valparaíso, no Chile, para participar da posse do novo presidente chileno, Sebastián Piñera. Ele retorna a Brasília no fim da tarde de hoje.
Para Temer, as eleições deste ano vão mostrar que os brasileiros aprenderam com a crise e, por isso, vão evitar candidatos que apresentem programas populistas.
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Após participar de posse no Chile, Temer embarca para BrasíliaTemos importante relação comercial com Chile e mesma visão do mundo', diz TemerGovernado pelo PT, Ceará vira exemplo de controle fiscalTemer: Problema é que no Brasil ninguém lê a ConstituiçãoO presidente também criticou aqueles que são contra a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro.
Lula
Temer também comentou a situação jurídica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu que todos possam ser candidatos. "Eu gostaria que todos pudessem exercer o direito político de ser julgado nas urnas pelo povo. No entanto, temos leis e às vezes isso impõe restrições e gera controvérsias", afirmou.
O presidente também usou uma declaração de Lula para responder sobre as denúncias enviadas ao Congresso pela Procuradoria-Geral da República. "Hoje, sabemos que a falsa 'evidência' foi produzida contra a Constituição, com a participação ilegal de promotores, que estão atualmente sob investigação. Mesmo o ex-presidente Lula recentemente reconheceu que houve uma tentativa de golpe orquestrada contra mim, que tivemos a coragem de enfrentar e vencer", disse.
(André Ítalo Rocha).