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Estado de Minas

Jair Bolsonaro quer criar campos de refugiados em Roraima para venezuelanos

De acordo com Acnur, Agência da ONU para refugiados, quase 13 mil venezuelanos deixaram o país que enfrenta a maior crise econômica de sua história


postado em 14/03/2018 12:10 / atualizado em 14/03/2018 12:47

Deputado Jair Bolsonaro(foto: APU GOMES)
Deputado Jair Bolsonaro (foto: APU GOMES)

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo,  nesta quarta-feira (4), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) , pré-candidato a presidente, defendeu a construção de campos de refugiados, no Brasil,  para venezuelanos .

Bolsonaro também defendeu a revogação da Lei de Imigração, considerada por especialistas uma das mais avançadas no mundo. “Já temos problemas demais aqui”, disse.

O número de refugiados venezuelanos tem aumentado a cada dia. Enfrentando a maior crise política e econômica de sua história, apenas em 2017 a Venezuela viu 52 mil de seus mais de 30 milhões de habitantes pedir refúgio em outras nações.

Desse total, 12.960 fugiram da grave situação de miséria e perseguição política buscando abrigo no Brasil e estima-se que quase 30 mil estão em situação irregular no nosso país, segundo dados publicados na semana passada pela Acnur, Agência da ONU para refugiados.

Pesquisa


Segundo colocado em uma disputa com o ex-presidente Lula e líder sem a presença do petista, de acordo com as últimas pesquisas, Bolsonaro diz que pretende gastar  R$ 3 milhões em sua campanha eleitoral.

Ele também garantiu que não está preocupado com os poucos recursos e o pequeno espaço que terá no horário eleitoral caso não faça aliança partidária.

“Eu não tenho obsessão para chegar lá. Quem vai decidir se eu vou estar lá ou não vai ser o povo brasileiro. Se eu for fazer a mesma coisa que os outros, procurar alianças, recursos, e com as alianças vier o tempo de televisão, eu estarei me igualando aos demais pré-candidatos”, declarou.

Mentor econômico e Defesa


Bolsonaro adiantou que seu mentor econômico, o economista Paulo Guedes, ocupará o Ministério da Fazenda e do Planejamento (unificados), caso vença a eleição.

“O Ministério da Defesa já conversei e acertei, quem vai indicar o quatro estrelas vai ser o general Augusto Heleno. Eu tenho conversado com setores do agronegócio. O futuro ministro da Agricultura e Meio Ambiente, que vai ser um ministério só, (quem indicará) vão ser as entidades produtoras (rurais) do Brasil.”

LGBT sob ataque


O pré-candidato voltou a atacar o movimento LGBT. “É uma minoria que ganha dinheiro em cima disso. Agora, a maioria dos homossexuais vota em mim hoje em dia, acredite se quiser”, acusou, sem apresentar provas. Segundo ele, não há motivo para tipificar a homofobia e agravar a pena de quem comete crime dessa natureza.

“Se eu der um tiro em você só porque você é torcedora de um time de futebol, além de responder pelo crime de homicídio, eu tenho que ter uma circunstância agravante: motivo  fútil. Você briga com o cara porque é homossexual. Você vai responder por lesão corporal e mais um agravante, por (a vítima) ser homossexual. É isso, mais nada que isso.”

Extrema-direita


Perguntado se ele representaria a extrema direita no país, Bolsonato respondeu: "O que é extrema-direita? Isso é terrorismo, eu sou terrorista? Extrema no mundo todo é terrorista. Estão tentando me associar a terroristas. Eu sou de direita. Mas extrema-direita, jamais."

Direitos Humanos


Bolsonaro voltou a criticar os organismos que atuam na defesa dos direitos humanos. “Esse pessoal que defende direitos humanos de marginais, em grande parte, vive de dinheiro de ONGs. Não terá um centavo para ONG que defenda o direito de marginais. O marginal para mim é um bandido que só tem um direito para mim: o de não ter direito e ponto final.”




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