A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, comentou na tarde desta quinta-feira a morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL). De acordo com ela, apesar de a vida da parlamentar ter sido encerrado no ato de violência, os ideais que ela pregava seguirão.
“Morre uma mulher. No caso de Marielle, morre um pouco cada uma de nós. Fica viva sua luta por Justiça e igualdade. E o nosso compromisso de continuar com ela. Assim, ela continua conosco. Para sempre Marielle!”, afirmou a ministra em postagem publicada no perfil do Twitter do STF.
Mais cedo, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, iniciou a sessão plenária desta quinta-feira com uma manifestação de pesar pela morte da vereadora.
Em nome dos integrantes da Corte, Fux falou em "tentativa chocante de calar a voz política". A polícia trabalha com a suspeita de execução da vereadora.
"Nós também ficamos de certa forma chocados com essa notícia de que no mundo de hoje se tenta calar a voz política através de uma atitude que demonstra um baixíssimo déficit civilizatório nesse campo", disse o ministro, que começou seu pronunciamento afirmando que o TSE, como tribunal que vela pela "higidez do processo democrático", estava "extremamente consternado" pela morte de Marielle.
Marielle, de 38 anos, foi morta a tiros na noite desta quarta dentro do carro em que seguia para casa. O ataque à Marielle ocorreu no centro do Rio. Uma assessora que acompanhava a vereadora sobreviveu ao ataque apenas com ferimentos leves.
Ataque a tiros à Marielle ocorreu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio. Ela voltava de um evento na Lapa, na mesma região, quando foi atingida. O motorista Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, que dirigia o carro também morreu baleado. Ele estava desempregado e trabalhava fazendo bico.