O vereador Jair di Gregório (PP) apresentou nesta quinta-feira ao presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Henrique Braga (PSDB), pedido de cassação do vereador Gabriel Azevedo (PHS) por quebra de decoro.
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Vereador Gabriel Azevedo vai ao MP para ser investigadoAcusação de vereador é fantasiosa, diz Kalil'Ele ainda está muito novo para ser um inimigo', ironiza Kalil sobre denúncias de vereador Vereador acusa Kalil de uso político do Atlético; secretário vai contestar na JustiçaJustiça Federal em Brasília manda destruir dados de quebra de sigilo de FHCAlém disso, o pedido ainda credita a Gabriel os atos de “afirmar que vereadores da base receberam dinheiro da Belotur para apoiar o poder executivo e utilizar as dependências da CMBH para gravar vídeo que denigre e difamam a honra e moral de vários parlamentares”.
O vereador Jair de Gregório ainda alega no pedido que Gabriel Azevedo teria ferido o decoro ao “supostamente se utilizar do mandato para prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa”. Ele se refere a matéria do jornal Folha de S. Paulo, que o acusou Gabriel de prestar consultoria de campanha a candidatos recrutados por movimentos sociais por meio da RenovaBR.
Segundo a publicação, o pacote, de R$ 261 mil, oferece estratégia política, assessoria jurídica, de comunicação, capacitação de equipes e serviços audiovisuais, entre outros.
“Para as devidas apurações em face às graves denúncias envolvendo fatos amplamente apresentados tanto nas reuniões plenárias, quanto pela mídia a respeito do vereador Gabriel Azevedo, fez-se necessário a solicitação de tal processo na CMBH”, afirmou.
A polêmica na Câmara de BH, começou com a denúncia feita por Gabriel Azevedo (PHS) de que parlamentares da base teriam recebido da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) – através da Empresa Municipal de Turismo (Belotur) -, para dar apoio aos projetos de autoria do Executivo e que o Atlético está sendo usado de forma política pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS)
No final da tarde da última sexta-feira vazou em redes sociais uma conversa gravada entre Gabriel Azevedo e o secretário Municipal de Desenvolvimento Daniel Nepomuceno, ex-presidente do Atlético Mineiro, em que o vereador o questiona sobre a admissão do filho de outro parlamentar, Jair di Gregório (PP), na categoria de base do Atlético, em troca de apoio político para a Prefeitura no Legislativo.
Além de conselheiro do Galo, Gabriel Azevedo foi coordenador de campanha de Kalil nas eleições de 2016, mas, depois de se eleger na Câmara, declarou-se independente. Na gravação com Nepomuceno, Azevedo afirma que a prefeitura teria comprado apoio político na Câmara.
No sábado, o prefeito Alexandre Kalil classificou como “fantasiosas” as declarações feitas pelo colega de partido.
Nesta semana, o próprio Gabriel foi ao Ministério Público e pediu para ser investigado. A reportagem o procurou na noite desta quinta-feira para comentar o pedido de quebra de decoro, mas ele não deu retorno até a publicação. .