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Estado de Minas

Jair Di Gregório entra com pedido de quebra de decoro contra Gabriel Azevedo

Pedido foi apresentado ao presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Henrique Braga (PSDB)


postado em 15/03/2018 22:02

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O vereador Jair di Gregório (PP) apresentou nesta quinta-feira ao presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Henrique Braga (PSDB), pedido de cassação do vereador Gabriel Azevedo (PHS) por quebra de decoro.

Jair acusa o colega de “caluniar, difamar e injuriar” ele e o filho, Jair Junior, além do Atlético, além de “expor” o secretário de Desenvolvimento, Daniel Nepomuceno, ao “divulgar áudio sem autorização”.

Além disso, o pedido ainda credita a Gabriel os atos de “afirmar que vereadores da base receberam dinheiro da Belotur para apoiar o poder executivo e utilizar as dependências da CMBH para gravar vídeo que denigre e difamam a honra e moral de vários parlamentares”.

O vereador Jair de Gregório ainda alega no pedido que Gabriel Azevedo teria ferido o decoro ao “supostamente se utilizar do mandato para prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa”. Ele se refere a matéria do jornal Folha de S. Paulo, que o acusou Gabriel de prestar consultoria de campanha a candidatos recrutados por movimentos sociais por meio da RenovaBR.

Segundo a publicação, o pacote, de R$ 261 mil, oferece estratégia política, assessoria jurídica, de comunicação, capacitação de equipes e serviços audiovisuais, entre outros.

“Para as devidas apurações em face às graves denúncias envolvendo fatos amplamente apresentados tanto nas reuniões plenárias, quanto pela mídia a respeito do vereador Gabriel Azevedo, fez-se necessário a solicitação de tal processo na CMBH”, afirmou.

A polêmica na Câmara de BH, começou com a denúncia feita por Gabriel Azevedo (PHS) de que parlamentares da base teriam recebido da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) – através da Empresa Municipal de Turismo (Belotur) -, para dar apoio aos projetos de autoria do Executivo e que o Atlético está sendo usado de forma política pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS)

No final da tarde da última sexta-feira vazou em redes sociais uma conversa gravada entre Gabriel Azevedo e o secretário Municipal de Desenvolvimento Daniel Nepomuceno, ex-presidente do Atlético Mineiro, em que o vereador o questiona sobre a admissão do filho de outro parlamentar, Jair di Gregório (PP), na categoria de base do Atlético, em troca de apoio político para a Prefeitura no Legislativo.

Além de conselheiro do Galo, Gabriel Azevedo foi coordenador de campanha de Kalil nas eleições de 2016, mas, depois de se eleger na Câmara, declarou-se independente. Na gravação com Nepomuceno, Azevedo afirma que a prefeitura teria comprado apoio político na Câmara.

No sábado, o prefeito Alexandre Kalil classificou como “fantasiosas” as declarações feitas pelo colega de partido.

Nesta semana, o próprio Gabriel foi ao Ministério Público e pediu para ser investigado. A reportagem o procurou na noite desta quinta-feira para comentar o pedido de quebra de decoro, mas ele não deu retorno até a publicação.


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