O senador Antonio Anastasia (PSDB), que estava resistente em se candidatar ao governo do estado, aceitou entrar na disputa depois do apelo da cúpula do partido. O parlamentar afirmou nesta noite ao Estado de Minas que passou a considerar a candidatura por temer o esfacelamento do PSDB no estado se não houver aglutinação de forças políticas. O apelo feito pelo senador Aécio Neves foi muito importante para a decisão. Anastasia informou também que conversas neste fim de semana serão fundamentais para garantir apoio político e viabilizar o seu nome.
Pela manhã, Anastasia participou, ao lado do deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), das comemorações do aniversário de Ouro Fino, no Sul do estado. No evento, já em tom de pré-campanha, pregou a união do seu grupo político para dar um “basta” ao governo Fernando Pimentel (PT). O tucano foi apontado como a melhor opção para compor as oposições e disputar o Palácio da Liberdade. O porta-voz do pedido para Anastasia concorrer ao governo foi o deputado estadual Dalmo Ribeiro (PSDB), que disse falar em nome das bancadas de deputados estaduais e federais de Minas e dos prefeitos. “O senhor, que tão bem representa Minas, no Senado precisa estar conosco.
Dalmo Ribeiro pediu que Anastasia aceitasse ser o “timoneiro” neste momento de travessia pelo qual Minas Gerais passa. “Tenho certeza que a voz unânime dos mineiros e prefeitos é que vossa excelência repense (a decisão de não concorrer)”. O parlamentar pediu ao ex-governador para assumir o estado “para que possamos ter um governo austero, com ética e moralidade”.
Anastasia conclamou os prefeitos e lideranças locais a ajudarem a oposição ao governador Fernando Pimentel a chegar ao poder. O tucano subiu o tom das críticas ao governo petista e disse que precisaria de pelo menos cinco dias para apontar todos os desatinos cometidos pela atual gestão. Segundo o ex-governador, a força dos prefeitos é necessária para dar um “não”, um “chega” ao atual governo de Minas. “Basta, não toleramos mais”, disse.
O tucano disse lamentar ter encontrado estradas esburacadas ao viajar de carro para a cidade e começou a listar perdas: “Pró MG tinha, não tem mais. Poupança Jovem, tinha e não tem mais. O Caminhos de Minas tinha e não tem mais”, afirmou. Segundo Anastasia, “até um simples mata-burro, que tínhamos milhares, não tem mais”, afirmou.
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