Jornal Estado de Minas

Em BH, Rodrigo Maia diz que não vai 'sorrir' nem 'abraçar' na campanha


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), indicou nesta segunda-feira (19) que não vai prometer investimentos para o Brasil em sua campanha pela presidência da República. Ao pedir o apoio dos mineiros e lançar em Belo Horizonte o pré-candidato ao governo no estado, Rodrigo Pacheco, o presidenciável disse que não vai sorrir nem abraçar os outros, mas será um político que fala a verdade.

Apesar de iniciar o discurso pedindo mais animação da plateia para responder ao seu 'boa tarde', o presidente da Câmara disse que manterá seu jeito fechado, mesmo em pré-campanha ao Planalto. “Muitas vezes as pessoas falam, o Rodrigo sorri pouco. Abraça mais, Rodrigo. Eu falo não. Vou se o que sempre fui: um político mais fechado, que é meu jeito de ser, um político que pensa muito antes de falar, mas principalmente um político que fala a verdade”.

Maia também avisou que não será o candidato das promessas.
“Ninguém que faz política seria neste país poderá entrar a eleição de 2018 prometendo grandes investimentos. Quem estiver fazendo isso estará mentido”, afirmou Maia, que falou da crise financeira e citou os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais como exemplos de colapsos financeiros.

No momento em que a intervenção federal no Rio de Janeiro é destaque, o pré-candidato ao governo falou sobre suas possíveis propostas para a segurança pública. Segundo ele, as prioridades de uma eventual gestão na presidência serão a educação e a criação de empregos. “Só vamos reduzir a violência neste país quando tivermos educação de qualidade e emprego nosso país. Não há outro caminho”, disse.

O pré-candidato afirmou que o Brasil encerra um ciclo da "nova república" e que, a partir de agora, a sociedade exige mais transparência e diálogo dos políticos.

O presidente do DEM, prefeito de Salvador ACM Neto, disse que o partido sempre quis ter candidato próprio ao Palácio do Planalto e que Rodrigo Maia deu essa oportunidade.
Segundo ele, o presidente da Câmara representa a nova geração de políticos nesta eleição. “Ele terá a capacidade de mobilizar o Brasil em todos os cantos e tenho certeza que Minas se junta a nós nesta luta”, disse.  
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