A candidata do PCdoB à presidência da República, Manuela D'Ávila, afirmou nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, que o campo da esquerda - integrado pelo PCdoB, PSB, PDT, PT e PSOL - estará unido na sucessão presidencial em torno de um projeto de desenvolvimento nacional. “É um programa robusto e esta será a nossa unidade nestas eleições cheia de adversidades”, considerou ela.
Após um debate na Universidade Federal de Minas Gerais sobre a emancipação da mulher e o projeto nacional, a candidata concedeu entrevista coletiva na Assembleia Legislativa e, na sequência, reuniu-se com o governador Fernando Pimentel (PT). “Nosso campo político venceu as quatro últimas eleições, tem viabilidade e se apresentará unificado. É o momento de termos maturidade para preservar este vínculo, percebendo a gravidade da crise que o Brasil vive”, acrescentou.
Ela defendeu o projeto de desenvolvimento a partir da retomada da capacidade de investimento do estado. “Esse discurso ultraliberal, de que o estado tem de ser diminuído para desenvolver a nação é falacioso. Não existe nenhuma nação no mundo, os Estados Unidos, a China, passando pela Coreia do Sul e países europeus, que tenha conseguido se desenvolver sem a condução firme do estado”, disse, salientando a tributação progressiva de forma a onerar menos os pobres e mais os ricos. “A direita inglesa fez isso há décadas, a direita norteamericana também. Essa é uma proposta de democracias e estados razoavelmente desenvolvidos”, disse.
A candidata planeja retorno a Minas para visitar o Norte e a Zona da Mata.