Se perder seu recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), de forma unânime, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ser preso para execução da pena de 12 anos e um mês de prisão, no caso triplex, a partir da tarde da próxima segunda-feira, 26. A Corte de apelação da Operação Lava-Jato marcou para as 13h30 da segunda o julgamento do embargo de declaração do petista.
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TRF-4 julga embargo de Lula na próxima segunda-feira, às 13h30Lula enfrenta protestos em caravana no Sul do paísContra o fantasma da prisão da Lava-Jato, índios 'fecham o corpo' de LulaGrupos de apoio a Lula são recebidos com pedras em São Borja, no RSCármen Lúcia marca julgamento de habeas corpus que pode evitar prisão de LulaSe houver modificação na decisão, provimento parcial dos embargos, por exemplo, o juiz de 1º grau pode esperar a publicação dos votos e acórdão para saber o que mudou. Nestes casos, o extrato de ata aponta somente "parcialmente provido embargos", não especificando o que mudou.
Desde 2016, o Supremo Tribunal Federal faz prevalecer jurisprudência no sentido de que condenados em 2ª instância podem ter a pena executada. A sessão que vai analisar o embargo de Lula não terá transmissão nem de áudio e nem de vídeo.
O recurso é decisivo para Lula, cada vez mais perto da prisão da Operação Lava-Jato. Condenado a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex, o ex-presidente tenta na Corte sua cartada mais importante.
Os advogados do petista entregaram o embargo de declaração no dia 20 de fevereiro. Por meio do recurso, sua defesa questiona "obscuridades e omissões" no acórdão do TRF-4 que impôs ao ex-presidente a pena de prisão em 24 de janeiro.
Cabe ao relator da Lava-Jato na Corte, desembargador João Pedro Gebran Neto, elaborar um relatório e seu voto sobre o embargo.
Na primeira instância, o ex-presidente havia sido condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão..