São Paulo, 23 - O PSB do vice-governador Márcio França trabalha para apresentar, na semana que vem, três novos partidos na aliança que vai disputar a sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em outubro. Nos próximos dias, a sigla deve oficializar o apoio do PRP, PV e PMB, ao mesmo tempo em que tenta selar o compromisso com o PRB.
O anúncio do PV e do PMB deve acontecer na terça, enquanto o PRP na quinta. Segundo o deputado estadual Caio França (PSB), filho do vice-governador, existem ainda negociações abertas com o DEM e o PP. Ainda assim, o grupo de França já contaria com treze partidos: PSB, PR, PPS, PV, PHS, PSC, Pros, Avante, Solidariedade, Podemos, PPL, PRP e PMB.
Líder da bancada do PV na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp), Reinaldo Alguz afirmou que a legenda se reúne na segunda-feira para acertar os últimos detalhes. "Provavelmente na terça vamos ter uma reunião dando essa tendência de apoio ao França", disse.
Já o PRB almoça com França na segunda, mas deve esperar um encontro com o grupo de Doria, na semana seguinte, antes de bater o martelo. De acordo com o deputado estadual Wellington Moura, no entanto, existe uma "inclinação" ao apoio ao PSB.
"Vemos que hoje Márcio França é melhor proposta e há certo desconforto com o PSDB", disse. "Eu, particularmente, acredito que esta seja a melhor proposta. O Estado de São Paulo não está procurando aventureiros, mas pessoas que possam trazer um conteúdo para passar".
Moura disse ainda que houve uma sondagem para que o deputado federal Celso Russomanno entrasse na chapa de França como vice, mas que o apresentador de TV deve disputar a reeleição na Câmara para ajudar a engrossar a bancada do partido. Russomanno, que disputou a Prefeitura da capital nas duas últimas eleições, ficou em segundo lugar em uma pesquisa divulgada no final de fevereiro pelo Instituto Paraná Pesquisas para o governo estadual, atrás apenas do prefeito João Doria (PSDB).
PSDB
Sobre as farpas trocadas nos últimos dias entre Márcio França e aliados de Doria, Caio disse entender que este é mais um reflexo do fato de que, pela primeira vez em muito tempo, o PSDB vai para as eleições contra o governador do Estado. "Vejo mais como uma pressão para tentar mostrar a força do partido", minimizou. "Mas assim que assumirmos o governo, o PSDB terá a prudência de nos ajudar a fazer as mudanças que forem preciso".
(Marcelo Osakabe)