O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na manhã desta segunda-feira (26) que espera encontrar “pessoas mais civilizadas” na campanha eleitoral. Após seu ônibus sofrer novos ataques, o petista cobrou uma ação da polícia para prender os manifestantes que atiraram pedras nos veículos de sua caravana pelo Sul do país.
Em entrevista à rádio Onda Sul, no Paraná, Lula disse que os protestos contra sua caravana estão sendo feitos por pessoas específicas. Segundo ele, um grupo começou a seguir sua caravana em Bagé e, em São Miguel, foram identificadas três pessoas contra as quais foram prestadas queixas.
“Espero que daqui para frente a polícia prenda esses elementos, porque não é possível. O cidadão pode fazer comício contra, passeata, jornal, dar entrevista, tudo ele pode fazer. O que não pode é ser irresponsável e tacar pedra num ônibus”, disse.
Segundo o ex-presidente, a pedra jogada no pára-brisa do veículo e poderia ter causado um acidente se tivesse atingido o motorista. “Não é o protesto porque protesto eu cansei de fazer”, disse.
Julgamento
Sobre o julgamento dos embargos contra ele no Tribunal Regional Federal (TRF4) nesta segunda-feira, Lula disse ser alvo de um processo político. “Aumentaram a pena para não prescrever, para 12 anos e um mês. Se fosse menos de 12 anos ela tinha prescrito. Ou seja, sou obrigado a considerar que há um processo político contra mim”, disse.
Mais uma vez, o petista disse já ter provado sua inocência. “Falta eles provarem minha culpa. Se eles tivessem qualquer prova, um pedaço de papel higiênico, provando que o apartamento era meu, eles conseguiriam me desmoralizar. Não conseguem porque não existe, não é meu”, afirmou, se referindo ao Triplex no Guarujá.