O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que questionava o envio à Justiça Federal do Distrito Federal da denúncia de organização criminosa oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra integrantes do PT.
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À exceção de Edinho Silva - atual prefeito de Araraquara (SP) -, o ministro da Corte determinou que os autos em relação aos demais investigados fossem encaminhados à Justiça Federal do Distrito Federal.
Recurso
Ao recorrer ao tribunal no dia 16, a defesa do ex-presidente alegou que as acusações contra ele estão "umbilicalmente imbricadas" às feitas contra a presidente nacional do PT e senadora pelo Paraná, o que deveria fazer com que a íntegra do inquérito permanecesse no Supremo.
"Verifica-se uma relação intrínseca entre as condutas atribuídas ao agravante (Lula) e o suposto proceder da referida parlamentar (Gleisi). Tanto assim é que a acusação afirma que a referida senadora e seu cônjuge atuariam no sentido de angariar recursos indevidos a fim de dar suporte à ficta suposta organização criminosa, cuja chefia é, injustamente, atribuída ao agravante", alegaram os advogados de Lula.
De acordo com os defensores do ex-presidente, o desmembramento da investigação prejudica a produção de provas e o exercício da ampla defesa. O ministro, no entanto, discordou.
"No que diz respeito aos agravos regimentais interpostos nestes autos, mantenho a decisão combatida por seus próprios fundamentos, visto que não se faz presente circunstância a ensejar juízo de retratação", escreveu Fachin na decisão.
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