Brasília – O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que as pessoas não devem ver o ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas como um ataque contra o PT, e sim contra todos. Em discurso no plenário, ele avaliou que o Brasil está entrando num "momento novo" de violência política.
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Após tiros em ônibus de Lula, deputados do PT se reúnem com JungmannDois ônibus da Caravana de Lula pelo Sul são atingidos por tirosVanessa Grazziotin critica atuação da polícia durante caravana de LulaToffoli arquiva inquérito contra senador Lindbergh Farias (PT)"Não é questão de defender PT, Lula, nada disso. Não é coisa só da esquerda, não. Não é coisa só da esquerda! Eu acho que a gente tinha de fazer um movimento amplo neste país, de forças políticas amplas, uma frente contra um discurso fascista. Não é só discurso de ódio e de intolerância; nós estamos partindo para agressões físicas fascistas. Então, eu acho que esse é um movimento muito importante. As pessoas não devem olhar isso como algo contra o Lula ou contra a Dilma, porque isso vai vir para tudo que é lado", declarou.
Ele disse que esteve com a ex-presidente Dilma Rousseff ontem e que ela também contou que foi vítima de ataques. "Quebraram o vidro do ônibus.
Ainda de acordo com o senador, ele recebeu informações de que, durante os trajetos percorridos pela caravana de Lula pelo Sul do país, em vários momentos os participantes do ato foram cercados e as pessoas ficam em pânico. Ainda assim, disse que é preciso "insistir na capacidade de buscar o diálogo".
Lindbergh também elogiou o discurso do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que demonstrou preocupação com a violência contra políticos. Cristovam avalia que "haverá mortes se isso continuar".
No plenário, Cristovam afirmou ainda que políticos podem acabar sendo mortos "por uma pedrada, que às vezes mata; por um tiro, que ninguém vai saber de onde vem, mas com a clareza de ato político". "Isso acontecendo, não é uma questão de acender um barril de pólvora, é uma questão de arrebentar vulcões em todo este País. E aí, o final a gente já sabe: todos serem derrotados do ponto de vista da democracia."
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