Curitiba - O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência, negou que tenha incentivado ataques à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sugeriu que os tiros que atingiram dois ônibus da comitiva, anteontem, no interior do Paraná, teriam partido dos próprios petistas.
“É tudo mentira. Está na cara que alguém deles deu os tiros. A perícia deverá ficar pronta entre hoje (ontem) e amanhã (hoje) e vai apontar a verdade”, disse o deputado no fim do dia, em Ponta Grossa (PR).
Não foi a única menção do presidenciável do PSL ao episódio. Pela manhã, logo depois de desembarcar no aeroporto de Curitiba, Bolsonaro já havia ironizado os ataques. “Lula quis transformar o Brasil num galinheiro, agora está por aí colhendo ovos por onde passa”, disse, discursando em cima de um carro de som.
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Bolsonaro passou por Curitiba no mesmo dia em que Lula encerrou, também na cidade, sua caravana por Estados do Sul. Os dois pré-candidatos ao Palácio do Planalto, no entanto, não se encontraram.
No início da noite, cerca de 200 manifestantes contrários à presença de Lula em Curitiba realizaram um protesto pelas ruas da cidade. O grupo caminhou até encontrar uma barreira policial ao lado da Praça Santos Andrade, onde o ex-presidente faria o seu discurso.
A maior parte do grupo, formado por pessoas ligadas a grupos como Movimento Brasil Livre (MBL), Endireita Paraná e Amigos da Lava Jato, se dispersou antes mesmo do início do discurso de Lula. Cerca de 50 pessoas permaneceram no local gritando palavras de ordem como “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Uma bandeira do PT foi queimada.
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