Brasília - O Ministério Público Federal informou que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão no inquérito dos Portos. A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 29, o empresário e advogado José Yunes, o presidente da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, e ainda o ex-ministro de Agricultura Wagner Rossi. A ordem de prisão de José Yunes é temporária - por cinco dias.
O coronel da PM reserva João Batista de Lima Filho, o coronel Lima, também foi preso. Todos são aliados do presidente Michel Temer (MDB).
Leia Mais
PF faz buscas na sede da RodrimarMesmo com ação da PF, Temer mantém agenda e vai a Vitória com Padilha e MeirellesPF prende amigos de Temer e ex-ministro de Lula e DilmaFalta só prender Temer, 'o chefe da organização criminosa', diz RandolfeJanot cita prisão de Yunes no Twitter e pergunta: 'Começou?'As medidas foram determinadas pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Instaurada em setembro do ano passado, a investigação apura suspeitas de irregularidades na edição de decreto relacionado ao funcionamento de portos.
O presidente Michel Temer (MBD) é um dos alvos da investigação e está sob suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. Em fevereiro, Barroso esticou o inquérito por 60 dias.
O Decreto dos Portos foi pivô de um diálogo no dia 4 de maio entre Temer e seu então assessor Rodrigo Rocha Loures, alvo do grampo da Polícia Federal. A interceptação ocorreu em meio ao processo de delação premiada de executivos do Grupo JBS, entre eles Joesley Batista. José Yunes é amigo de Temer há mais de 50 anos e foi assessor do emedebista na Presidência.
A Polícia Federal informou que por determinação do STF "não se manifestará a respeito das diligências realizadas na presente data".
.