O governo do estado já começou a desocupação do Palácio Tiradentes, um dos principais edifícios da Cidade Administrativa, que abriga o gabinete do governador. Em nota, o governo informou que os servidores do Tiradentes estão sendo transferidos para os outros prédios do complexo, o Minas e o Gerais. A desativação do Palácio Tiradentes foi divulgada pelo governador Fernando Pimentel em fevereiro. A justificativa é de que a medida vai “reduzir em pelo menos 40% gastos com insumos diversos, manutenção rotineira e o consumo de água e energia elétrica”. Segundo o governo, o Edifício Tiradentes gera despesa anual de cerca de R$ 5 milhões”.

A mudança envolve 150 servidores das secretarias de estado de Governo (Segov), de Casa Civil e de Relações Institucionais e da Secretaria Geral de Governo. A atual gestão estadual informou ainda que a Segov e o Gabinete Militar do governador já desocuparam o Palácio Tiradentes e a Secretaria de Estado da Casa Civil já iniciou o processo de mudança. Ainda faltam ser transferidos a Secretaria Geral do Estado e o gabinete do vice-governador.

No início de fevereiro, o secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, informou que o Palácio Tiradentes seria desativado dentro de 60 dias e que ficaria de portas trancadas, sem nenhum uso ou destinação. O prédio, projetado por Oscar Niemeyer, é considerado o maior vão livre do mundo.

“O prédio é tão inútil que não tem nem mercado para ele. O melhor é ficar fechado para economizar em manutenção”, afirmou o secretário na época. Magalhães disse também que não havia proposta para alugar o imóvel.

VÃO LIVRE A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves foi inaugurada pelo então governador Aécio Neves (PSDB) há oito anos, em 4 de março de 2010. A sede do governo custou cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos, construída com recursos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Maior prédio de concreto suspenso do mundo, são 147 metros de comprimento e 26 metros de largura em vão livre, capaz de suportar 34 mil toneladas. Para ter uma ideia, o prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), projetado pela italiana Lina Bo Bardi e considerado uma das obras que mais desafiam a engenharia, tem 74 metros de comprimento em vão livre.

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