Após a repercussão do anúncio de que fará jejum pelo julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Supremo Tribunal Federal, o coordenador da Lava-Jato no Ministério Público, Deltan Dallagnol se defendeu das críticas nesta terça-feira (3). O procurador disse ser cristão e que todos sabem que ele ora pelo país. “Minha oração e jejum são pela causa anti-corrupção”, disse.
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No domingo (1), Dallagnol escreveu no Twitter que a quarta-feira seria o dia D na luta contra a corrupção. “Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo país, jamais serão responsabilizados, na Lava-Jato e além. O cenário não é bom.
O procurador foi alvo de várias críticas e até ironias de alguns, como a deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB), que citou trecho da Bíblia que diz que o jejum não deve ser anunciado, mas feito em segredo. O escritor Xico Sá também usou a rede social para dizer que o anúncio era uma 'ironia cristã'. "O procurador anuncia jejum contra o cara que combateu – como nenhum outro político na história – a fome no Brasil", registrou.
Dallagnol ressaltou que seu jejum e oração não serão apenas contemplativos."Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para a melhoria do país, inclusive para sensibilzar pessoas e buscar sensibilzar o Supremo para importância desta decisão para o caso da Lava-Jato e para todos os crimes praticados por poderosos e o futuro do nosso Brasil", disse.
Bretas acompanha só oração
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, também responsável pela Lava-Jato, disse ao “irmão em cristo” que irá acompanhá-lo,mas só “em oração”.
Nesta terça-feira (3), ele postou o preâmbulo da Constituição brasileira, destacando o trecho “sob a proteção de Deus” e pediu: “Oremos/Rezemos”.