A noite desta terça-feira é marcada por manifestações favoráveis e contrárias ao ex-presidente Lula (PT), em Belo Horizonte. O petista terá, nesta quarta-feira, o pedido de habeas corpus analisado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele não seja preso até que sejam esgotados os recursos apresentados para questionar a condenação de 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionada ao triplex, no Guarujá.
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Senado rebate críticas ao voto impresso em manifestação ao STFManifestação de juízes por auxílio-moradia em BH foi esvaziadaEunício diz que não deve enviar nova manifestação sobre prisão em 2ª instânciaNa praça Afonso Arinos, do alto de um carro de som, manifestantes se revezam no discurso a favor da liberdade do ex-presidente Lula e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal. O grupo também está programando vigília a partir das 11h da manhã de amanhã para acompanhar a votação no Supremo, marcada para a tarde desta quarta-feira.
Diva Moreira, representante do movimento negro, não acredita que o STF vá conceder o habeas corpus ao petista. "Não dá para confiar nos juízes da Suprema Trapaça Federal. É uma casta de privilegiados que só está em busca de suas mordomias.
Já na Praça da Liberdade, manifestantes defendem a prisão do ex-presidente Lula e pedem que o Supremo negue o habeas corpus que garantiria a liberdade do petista. Dois trios elétricos foram montados na praça, cada um em uma extremidade. Um do MBL e outro do Vem pra Rua. Os discursos são contra os ministros do STF e pela prisão de Lula amanhã.
"Decidimos fazer essa manifestação contra a postura do STF que pode liberar os condenados em segunda instância. Se liberarem o Lula, vários criminosos terão que ser soltos", afirmou o estudante Ivan Hunter, coordenador do Movimento Brasil Livre, que organiza o evento.
Segundo os coordenadores, cerca de 2 mil pessoas participaram do ato na Praça da Liberdade.