O prédio da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi alvo de protesto na tarde desta sexta-feira (6) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com bandeiras e vestindo vermelho, o grupo que é contra a prisão do ex-presidente Lula atirou bombas de tinta e fez pichações nos muros e calçadas do edifício.
Leia Mais
Maioria do Supremo nega habeas corpus a Lula Sobrinha de Toffoli é hostilizada em rede social após votação no STFPT convoca vigília a favor de Lula e pressiona Cármen LúciaPF investiga pichação em prédio de Cármen Lúcia em BH 'Vermelhos mancham, nós limpamos', diz manifestante na porta do prédio de Cármen LúciaJuristas e políticos criticam ataque do MST a prédio de Cármen Lúcia em BHA ministra, que mora em Brasília, não estava no prédio.
Ele conta que o ataque foi feito por cerca de 10 a 15 pessoas, que chegaram em três ônibus. “Eles vieram fazer vandalismo com o patrimônio de quem não tem nada a ver com a ministra. Foi um ato covarde e estúpido”, disse. É a primeira vez que ocorre algum tipo de ameaça no local e, assustados, moradores evitam falar com a imprensa. A Polícia Civil fez perícia do local e recolheu as imagens das câmeras dos edifícios.
O delegado da Polícia Civil José Luiz Quintão, que investiga o caso, afirma que os envolvidos serão denunciados por diversos crimes. “Ocorreu pichação, mas também diante do fato de ser contra uma ministra, é um atentado à democracia.
A ministra Cármen Lúcia deu o voto de minerva que permitiu a prisão do ex-presidente Lula, quando o julgamento do habeas corpus estava empatado em cinco a cinco. Também foi dela a decisão de não pautar duas ações declaratórias de constitucionalidade que poderiam mudar o entendimento do Supremo sobre a prisão em segunda instância. Ao justificar o voto, Cármen Lúcia disse que "entendimento da presunção de inocência não pode levar à impunidade" e que "não há ruptura ao princípio quando exaurida a fase de provas"..