Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta sexta-feira, 6, para a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a reclamação apresentada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta evitar a prisão. A ministra é quem deverá decidir se o processo continua com Fachin ou se deve ser distribuído por prevenção ao ministro Marco Aurélio Mello.
Leia Mais
Ato em apoio a Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC começa a esvaziarMinistro Edson Fachin encaminha reclamação de Lula para Cármen LúciaGabinetes de ministros do STF se calam após críticas de Gilmar MendesMultidão no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC atrai vendedores ambulantesJuristas e políticos criticam ataque do MST a prédio de Cármen Lúcia em BHImpedida de cumprir mandado após as 18h, Polícia Federal adia a prisão de LulaMídia internacional destaca decisão de Lula de descumprir prazo para apresentaçãoA reclamação de Lula, no entanto, foi distribuída livremente entre os ministros da Corte - e acabou no gabinete de Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF. "Diante do exposto, e a fim de prevenir eventual controvérsia sobre a distribuição, determino a remessa do feito à presidência, autoridade maior neste tribunal no tema à luz da ordem normativa regimental (art. 13, III e VII, RISTF), que melhor dirá sobre a matéria. Comunique-se e remeta-se com a urgência atribuída ao feito na peça inicial à presidência", escreveu Fachin em sua decisão.
Por trás de uma questão técnica de definição de relatoria, está o fato de que a defesa de Lula acredita que tem muito mais chances de ter o pedido de liberdade aceito caso a reclamação seja analisada por Marco Aurélio. O ministro votou nesta semana a favor da possibilidade de Lula aguardar em liberdade até o esgotamento de todos os recursos no STF no caso do triplex do Guarujá. Fachin, por outro lado, se posicionou a favor de o ex-presidente poder ser preso já.
(Rafael Moraes Moura, Amanda Pupo e Teo Cury).