O protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra no prédio em que a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, tem um apartamento em Belo Horizonte foi repudiado por juristas nesta sexta-feira (6). O grupo, munido com bandeiras e fazendo um batuque, atirou bombas de tinta vermelha na fachada do edifício, no Bairro Santo Agostinho, e pichou paredes da Ouvidoria do Ministério Público.
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Manifestantes do MST jogam tinta vermelha em prédio onde Cármen Lúcia tem imóvel em BHMinistro Edson Fachin encaminha reclamação de Lula para Cármen LúciaImpedida de cumprir mandado após as 18h, Polícia Federal adia a prisão de LulaCármen Lúcia mantém Fachin na relatoria de reclamação apresentada pela defesa de LulaA Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou nota dizendo que não é razoável que um magistrado “desde a primeira instância do Judiciário até a Suprema Corte brasileira, veja-se constrangido, punido ou de algum modo violado pelo conteúdo das suas decisões, quando prolatadas no bojo de processos judiciais”.
O ex-ministro Carlos Minc também usou o Twitter para condenar o ataque ao prédio em Belo Horizonte. “É absurda pichação do prédio da ministra Carmen Lúcia. Sou crítico de posições dela. Mas isto é inadmissível.
O pré-candidato a presidente pelo partido Novo, João Amoêdo, disse que esse grupo não representa os brasileiros. “Eles agem apenas por seus próprios interesses, disseminando violência e ódio. O NOVO repudia este ato e todos como esse. O Estado de Direito deve ser pautado no respeito e diálogo, e não com destruição.”
Cármen Lúcia deu o voto de minerva que desempatou o julgamento do habeas corpus de Lula para evitar a prisão. Ela se posicionou pela possibilidade de o petista ser preso de imediato, com a condenação pelo Tribunal Regional Federal (TRF 4).