A Polícia Federal (PF) informou nesta terça-feira que está investigando o episódio em que o prédio onde o apartamento da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) está localizado teve a fachada pichada. A ação ocorreu na última sexta-feira quando manifestantes jogaram tinta vermelha no imóvel.
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OAB pede 'punição exemplar' a ataques ao prédio de Cármen e a jornalistas'Vermelhos mancham, nós limpamos', diz manifestante na porta do prédio de Cármen LúciaManifestantes do MST jogam tinta vermelha em prédio onde Cármen Lúcia tem imóvel em BHPichação vermelha coloca Supremo em alertaCármen Lúcia assume hoje a Presidência da RepúblicaCármen Lúcia assumirá Presidência da República com viagem de TemerDois homens foram presos pela Polícia Militar no mesmo dia da ocorrêNcia, mas acabaram sendo liberados após assinarem Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). De acordo com a Polícia Militar foi possível chegar a eles usando as imagens do protesto e com a identificação das placas dos veículos usados para transportar os manifestantes.
A ministra, que mora em Brasília, não estava no prédio no momento da ação. As pichações atingiram até terceiro andar do edifício, não atingindo o apartamento da magistrada, que fica no último pavimento.
O delegado da Polícia Civil José Luiz Quintão, que também investiga o caso, afirma que os envolvidos serão denunciados por diversos crimes.
A ação foi assumida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas, mas, o coordenador do movimento em Belo Horizonte, Silvio Neto, não confirmou a pichação, apenas a participação no ato.
No prédio de Cármen foram usadas tintas vermelhas e a mensagem “Cármen golpista” foi pichada na calçada. No prédio do Ministério Público Estadual, o grupo pichou "Moro, juiz dos ricos". Imagens do ataque também foram publicadas nas redes sociais do PT.
A ministra preferiu não comentar o ocorrido, mas manifestou preocupação com a segurança em conversa com vizinhos do prédio.
Em protesto à pichação, representantes do MBL e do Partido Novo levaram baldes, àgua e sabão para tentar limpar o local no fim de semana.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se manifestou e pediu punição exemplar aos envolvidos no ato.