Jornal Estado de Minas

Cármen Lúcia assumirá Presidência da República com viagem de Temer


Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, deverá assumir a Presidência da República mais uma vez em maio, afirmou nesta terça-feira, 10, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB). Segundo ele, Temer tem "viagem longa" para o Sudeste Asiático e França marcada para o próximo mês, o que deve levar a ministra novamente ao comando do Palácio do Planalto.

Cármen assumirá a Presidência da República pela primeira vez nesta sexta-feira (14), em razão da viagem de Temer ao Peru para participar da Cúpula das Américas. Primeiro e segundo na linha sucessória, respectivamente, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), também viajarão para fora do País, para evitar ficarem inelegíveis.

A legislação eleitoral proíbe parlamentares que serão candidatos a assumir outros cargos ou funções públicas a menos de seis meses do pleito. Pré-candidato à Presidência da República, Maia decidiu viajar para o Panamá para participar da reunião da Junta Diretiva do Parlamento Latino-Americano e do Caribe. Candidato à reeleição, Eunício embarcará para visita oficial o Japão.

Marun afirmou que não deverá se encontrar com a presidente do STF no Planalto nesta sexta, pois estará fora. "Não estarei aqui na sexta-feira", respondeu ao ser questionado sobre a posse da ministra. "Mas não faltará oportunidade de eu estar com ela. Em maio o presidente fará uma longa viagem ao Sudeste Asiático", declarou o ministro da Secretaria de Governo ao chegar para reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Cármen assumirá o País em meio à predominância do STF na pauta política, com os julgamentos do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada e do pedido de liminar do antigo PEN (hoje Patriotas) contra prisão após condenação em segunda instância.
No pedido, a legenda pede que a Corte suspenda execução provisórias de penas até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decida sobre o tema.
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