Brasília - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na tarde desta quinta-feira, 12, o julgamento do pedido de habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci, preso preventivamente desde setembro de 2016. Relator do caso, o ministro Edson Fachin já votou nessa quarta para não conceder o pedido ao ex-ministro, e foi acompanhado por Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.
Para Fachin, a liberdade de Palocci pode comprometer a ordem pública. Ele também disse que não vê ilegalidades na prisão. "O cenário revela a periculosidade concreta do agente e o risco de reiteração do crime e prática de futuras infrações", disse o relator sobre Palocci, preso em Curitiba (PR) no âmbito da Operação Lava Jato.
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Maioria do STF vota para não analisar habeas corpus de Palocci, mas adia decisão finalApós apelo de Alckmin, Tasso nega que será candidato ao governo do Ceará'Tornamos prisões provisórias de doutor Moro em definitivas', diz Gilmar MendesFHC diz que Alckmin é competitivo, mas eleição será difícilJuiz nega prisão de Yunes, coronel Lima e Rocha LouresA defesa de Palocci entrou com o pedido no Supremo em abril de 2017, e sua condenação em primeira instância ocorreu em junho do mesmo ano. O juiz federal Sergio Moro, de Curitiba, sentenciou Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Seu caso ainda não foi julgado em segunda instância.
Apesar da maioria de os ministros decidir que o habeas corpus estava prejudicado em função desses fatos, Fachin optou por analisar o processo de "ofício".
Então, perto do fim da sessão plenária dessa quarta-feira, 11, Fachin respondeu a defesa e aos colegas do plenário que não vislumbrava ilegalidades na prisão preventiva de Palocci. Inicialmente, não estava decidido se os demais ministros também votariam o habeas corpus "de ofício".
Mas, depois de Barroso, Fux e Moraes anunciarem que acompanhariam o relator, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, anunciou que os votos dos demais ministros seriam colhidos na sessão desta quinta.
Votaram para não admitir o habeas corpus de Palocci os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Rosa Weber e Cármen Lúcia. Foram contra Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.
(Amanda Pupo, Rafael Moraes Moura e Teo Cury).