Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta quinta-feira, que desistiu da ideia de apresentar um impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso, a pedido do presidente Michel Temer.
"O presidente entende que não há como, não é o fato de eu me licenciar, e apresentar esse pedido de impeachment na condição de parlamentar, que vai afastar a impressão de que isso seria uma ação de governo", destacou.
Leia Mais
Marun diz estar 'decidido' a apresentar impeachment de BarrosoPedido de impeachment de Barroso questionará parcialidade, diz MarunMarun avalia deixar cargo para poder apresentar projeto de impeachment de BarrosoVivemos um momento de refundação do País, diz BarrosoProcuradoria diz que 'nada impede' que Lava Jato em SP investigue AlckminMarun afirmou que o cumprimento da Constituição é o único caminho "para que o Brasil continue avançando" e voltou a dizer que Temer sofre "ataques" e "perseguições". "A perseguição é real. A conspiração contra Temer aconteceu, continua e se agudiza", afirmou.
O ministro tentou se esquivar de comentar a informação, revelada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo, de que a esposa do coronel João Batista Lima Filho, amigo de Temer, pagou em dinheiro vivo uma reforma no apartamento de uma das filhas do presidente. A PF suspeita que a obra tenha sido paga com dinheiro de propina da JBS.
Lima foi preso por três dias no final de março, alvo da operação Skala. Sua esposa foi intimada a depor. "Não sei se fornecedor de serviço está dizendo a verdade; não tenho como afirmar que isso é verdade", disse.
"Vejo como mais um capítulo da perseguição contra o presidente", completou.
.