O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota criticando o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na madrugada deste domingo com as intenções de voto à Presidência. Em comunicado, diz que houve uma "manobra" entre os cenários expostos e reitera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do partido independentemente de sua prisão.
"Para o PT, a definição de candidatura para as eleições de outubro de 2018 está clara: Lula será o nosso candidato aconteça o que acontecer", enfatiza o PT, ao justificar a manutenção das vigílias instaladas em Curitiba (PR) que pedem a liberdade do petista. "Ainda assim, dos nove cenários estudados, o instituto de pesquisas realizou seis deles sem o ex-presidente. A manobra para tentar criar um imaginário em que Lula não esteja no pleito esbarra numa questão fundamental: a preferência popular", avalia o partido.
O PT destaca que, mesmo após a "prisão política" do ex-presidente, Lula segue na liderança das pesquisas, com uma média entre 30% e 31% das intenções de voto para o primeiro turno. Na sequência, o partido considera empate técnico entre Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede), com intenções que vão de 15% a 17%. "Ou seja: Lula tem o dobro das intenções de voto dos candidatos que, empatados, liderariam o pleito se ele é retirado artificialmente da disputa", analisa o comunicado.
Para um eventual segundo turno, o partido acredita que Lula seria "imbatível", com intenções de voto entre 46% e 48%. Ao final, a nota cita a Pesquisa Ipsos, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, ontem, com a informação de que 52% da população acredita que a Operação Lava Jato não está investigando todos os políticos e apenas 43%, o mínimo histórico atingido, avalia que ela investiga todos os partidos.
A nova pesquisa Datafolha, que foi feita entre quarta, 11, e sexta-feira, 13, teve como base 4.194 entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018.
(Nayara Figueiredo)