O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, afirmou não ter comparecido a Curitiba em "nenhum dia de sessão" na Casa e que "são absolutamente ridículas" ações populares do Movimento NasRuas para que parlamentares que foram prestar solidariedade a Lula preso devolvam seus dias/salário.
O movimento questiona o suposto uso de verbas públicas para "atividade de cunho particular".
Segundo NasRuas, os parlamentares "então de plantão no local, recebendo do erário público para não trabalhar".
O movimento sustenta que "os mesmos senadores e deputados incorrem a prática evidente de improbidade administrativa, pelo fato de estarem em pleno gozo do exercício de seu mandato e utilizarem dinheiro público para uma atividade de cunho particular".
"Estranha a história", reagiu Paulo Pimenta. "Eu não estive em Curitiba nenhum dia de sessão. Eu fui a Curitiba em uma reunião da executiva nacional do PT."
O deputado ressaltou que "atividades partidárias são consideradas atividades legislativas".
"Líder da bancada partir para um executiva nacional do seu partido. Portanto, o líder da bancada, atividades partidárias são consideradas atividades legislativas. Então, é ridículo."
Paulo Pimenta tem sido presença frequente no acampamento "Lula Livre", no entorno da Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão no caso triplex.
Após o encarceramento do petista, os líderes do PT na Câmara e no Senado decidiram transferir provisoriamente a Executiva Nacional do partido para a capital paranaense.
Também tem marcado presença no acampamento Lindbergh. Em resposta às ações do NasRuas, ele afirmou ter pago as passagens para Curitiba, "como é público e notório". "Isso é coisa de gente desocupada que defende o Temer mas anda com vergonha de assumir".