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Estado de Minas

Líder do PT diz que foi ao 'Lula Livre', mas não em dia de sessão na Câmara

Deputado tem sido presença frequente no acampamento 'Lula Livre', no entorno da Polícia Federal de Curitiba


postado em 16/04/2018 15:48 / atualizado em 16/04/2018 16:04

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, afirmou não ter comparecido a Curitiba em "nenhum dia de sessão" na Casa e que "são absolutamente ridículas" ações populares do Movimento NasRuas para que parlamentares que foram prestar solidariedade a Lula preso devolvam seus dias/salário.

NasRuas encabeçou em 2016 o impeachment da ex-presidente Dilma. Na semana passada, o movimento levou à Justiça um bloco de ações populares contra seis parlamentares - subscritas pela jornalista Joice Hasselman, pela líder do movimento, Carla Zambelli e pelo advogado Júlio César Martins Casarin - que miram os senadores Lindbergh Faria (PCdoB/RJ), Roberto Requião (MDB/PR) e Gleisi Hoffman (PT/PR) e, ainda, os deputados federais Wadih Damous (PT/RJ) e Paulo Pimenta (PT/RS) e a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D'Ávila (PCdoB).

O movimento questiona o suposto uso de verbas públicas para "atividade de cunho particular".

Segundo NasRuas, os parlamentares "então de plantão no local, recebendo do erário público para não trabalhar".

O movimento sustenta que "os mesmos senadores e deputados incorrem a prática evidente de improbidade administrativa, pelo fato de estarem em pleno gozo do exercício de seu mandato e utilizarem dinheiro público para uma atividade de cunho particular".

"Estranha a história", reagiu Paulo Pimenta. "Eu não estive em Curitiba nenhum dia de sessão. Eu fui a Curitiba em uma reunião da executiva nacional do PT."

O deputado ressaltou que "atividades partidárias são consideradas atividades legislativas".

"Líder da bancada partir para um executiva nacional do seu partido. Portanto, o líder da bancada, atividades partidárias são consideradas atividades legislativas. Então, é ridículo."

Paulo Pimenta tem sido presença frequente no acampamento "Lula Livre", no entorno da Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão no caso triplex.

Após o encarceramento do petista, os líderes do PT na Câmara e no Senado decidiram transferir provisoriamente a Executiva Nacional do partido para a capital paranaense.

Também tem marcado presença no acampamento Lindbergh. Em resposta às ações do NasRuas, ele afirmou ter pago as passagens para Curitiba, "como é público e notório". "Isso é coisa de gente desocupada que defende o Temer mas anda com vergonha de assumir".


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