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Estado de Minas

CBF proíbe venda de camisa vermelha da Seleção Brasileira para torcedores de esquerda

Acordo pede suspensão da divulgação, além do fim da venda e produção da camiseta


postado em 16/04/2018 17:17 / atualizado em 17/04/2018 12:40

(foto: reprodução/facebook )
(foto: reprodução/facebook )

A designer mineira Luísa dos Anjos Cardoso foi notificada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelo uso da marca em uma camiseta alternativa à da Seleção Brasileira. O modelo criado por ela e postado nas redes sociais, tem a cor vermelha e seria uma forma de não ser confundido com “pato paneleiro”.

A expressão se refere aos manifestantes que foram às ruas para se manifestar favoravelmente ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e à prisão do ex-presidente Lula.

De acordo com Luísa, na notificação extrajudicial, a CBF pedia, “de forma amigável”, quatro coisas relacionadas ao produto criado por ela.

“Eles pediram para que não comercializasse a camiseta, parasse imediatamente a produção e a venda, retirasse das redes sociais as postagens com a camiseta e que enviasse uma carta se comprometendo a não fazer uso dessas camisetas com das marcas deles”, postou  em seu perfil no Facebook.

Luísa publicou um vídeo em que alega que a camiseta surgiu do incômodo dela e de amigos de torcer para a Seleção Brasileira usando a tradicional camisa “canarinho”, após a vestimenta ser associada aos manifestantes de direita.

Ainda sobre o acordo com a CBF, a designer alega que já esperava ser procurada pela confederação, já que por ser profissional da área, sabe que há uma série de leis que protegem as marcas e os acordos de comercialização envolvendo os produtos.

“Foi um acordo muito tranquilo. Não foi político, mas um acordo de uso de marca. Entramos em um acordo amigável, de forma pacífica”, contou.

A promessa dela é trabalhar para criar um produto sem referência às marcas já ligadas à camisa da Seleção Brasileira e, assim, poder comercializar a peça tranquilamente.

Antes do acordo, contudo, o modelo havia sido divulgado por Luísa no Facebook e causou tanta polêmica que o post saiu do ar. Ela afirmou não ter conseguido responder às milhares de mensagens que chegaram com pedidos de encomendas e avisou que todos terão respostas.

A versão vermelha da camisa para a Copa do Mundo trazia o escudo do comunismo, com uma foice e um machado.

 


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