São Paulo - Em primeira manifestação desde que foi preso para início de cumprimento da pena de 12 anos e um mês, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que continua desafiando a Operação Lava-Jato a provar o "crime que alegam" que ele cometeu. Em carta divulgada pelo PT e lida no acampamento montado no entorno da Polícia Federal, onde está detido há dez dias, o petista afirma que está "tranquilo, mas indignado".
"Como todo inocente fica indignado quando é injustiçado."
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Acampamento pró-Lula em Curitiba vai sair do entorno da PF, diz secretariaLíder do PT diz que foi ao 'Lula Livre', mas não em dia de sessão na CâmaraEm MG, Ciro diz que não considera eleição sem Lula uma fraude"Continuo desafiando a Polícia Federal da Lava-Jato, o Ministério Público da Lava-Jato, o Moro e a segunda instância a provarem o crime que alegam que eu cometi", registrou Lula. A carta teria sido ditada pelo petista e escrita pelo advogado.
"Continuo acreditando na Justiça e por isso estou tranquilo, mas indignado como todo inocente fica indignado quando é injustiçado."
O documento foi lido pela presidente do partido, que tenta visitar o ex-presidente no cárcere. "Eu tenho me comunicado com o presidente de forma escrita através do advogados porque não consegui visitá-lo", disse Gleisi.
Segundo ela, a carta foi escrita a pedido de Lula e entregue via advogados para ela para ser lida no acampamento.
"Eu ouvi o que vocês cantaram. Estou muito agradecido pela resistência e presença de vocês neste ato de solidariedade."
Lula registra: "Tenho certeza que não está longe o dia em que a Justiça valerá a pena. Na hora em que ficar definido que quem cometeu crime seja punido. E que quem não cometeu seja absolvido".
E encerra: "Grande abraço e muito obrigado. Luiz Inácio Lula da Silva".
CARTA DO PRESIDENTE LULA AO ACAMPAMENTO LULA LIVRE EM CURITIBA
"Eu ouvi o que vocês cantaram.
Grande abraço e muito obrigado.
Luiz Inácio Lula da Silva"
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