O Ministério Público Federal emitiu parecer nesta segunda-feira (16) pela autorização da visita da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Para o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) e outros que solicitaram o mesmo, no entanto, será necessário que a defesa do petista primeiro informe à Justiça se eles são “amigos pessoais” de Lula.
No documento, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima diz que inicialmente “não antevê óbices aos requerimentos de autorização de visita” formulados por Gleisi Hoffmann e o deputado Zeca Dirceu (PT/RS).
O procurador, no entanto, diz que o defensor de Lula deve ser intimado para esclarecer se o senador petista Eduardo Suplicy, o arquiteto argentino Adolfo Perez Esquivel, o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o presidenciável Ciro Gomes “figuram na condição de amigos pessoais do apenado”.
Nessa segunda-feira, Ciro disse que a visita a Lula foi pedida pelo PDT e que vai na condição de amigo de Lula. O presidenciável afirmou ser 'camarada' do petista há mais de 30 anos e ter apoiado seu projeto político nos últimos 16 anos. Em entrevista, porém, Ciro disse discordar da afirmativa dos líderes da esquerda de que eleição sem Lula seria fraude.
Nessa segunda-feira, a juíza da 12ª Vara Federal em Curitiba, Carolina Moura Lebbos, comunicou a polícia e o Ministério Público Federal a autorização para a vistoria dos membros da Comissão de Direitos HUmanos a Lula. A visita está marcada para esta terça-feira (17). No despacho, ela deu prazo ao MPF para se manifestar sobre as demais visitas solicitadas por políticos.
O ex-presidente Lula está preso em uma cela especial no 4º andar do prédio, com banheiro próprio, sem grades, armário, cama, cadeira, mesa e uma TV. O local é isolado da carceragem, onde estão os demais presos da Lava-Jato.