Começou no início da tarde desta terça-feira a sessão, na primeira turna do Supremo Tribunal Federal (STF), para analisar a denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB). Antes do início dos votos dos cinco ministros, advogados do senador e de outros três denunciados vão se manifestar, cada um por 15 minutos, além do Ministério Público Federal.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a pedir, em documento enviado nessa segunda-feira (16) ao STF, que a Corte receba integralmente a denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A denúncia contra o senador tucano foi oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos supostos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça, em inquérito instaurado em maio de 2017, com base na delação da JBS.
Aécio aparece em uma gravação em que pede R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista.
Para a procuradora-geral, as articulações feitas pelo senador “mostram que sua conduta incluiu todas as formas que estavam ao seu alcance para livrar a si mesmo e a seus colegas das investigações, desbordando de seu legítimo exercício da atividade parlamentar”. “Ao contrário, o senador não poupou esforços para, valendo-se do cargo público, atingir seus objetivos.”
Em coletiva à imprensa, na tarde dessa segunda-feira (16), O senador declarou que “ninguém transformado em réu é considerado culpado a priori”. “Principalmente com as fragilidades dessas acusações, seja em relação à obstrução de Justiça ou em relação a esse empréstimo que não envolveu dinheiro público. Qualquer investigação vai mostrar que isso foi uma construção envolvendo Joesley e membros do Ministério Público”, reforçou.