São Paulo, 17 - Possível candidato do MDB à presidência da República, o ex-ministro Henrique Meirelles afirmou nesta terça-feira, 17, que adota posição pessoal pelo fim do foro privilegiado. O presidenciável, no entanto, não quis se posicionar em relação à prisão após condenação na segunda instância.
"Não é o que me preocupa. Particularmente, acho que qualquer decisão tomada pela Justiça, para mim, está bem", disse o ex-ministro da Fazenda, que recentemente trocou o PSD pelo MDB. Ambos os temas, que podem implicar políticos de diversos partidos, inclusive o seu, estão sendo discutidos, no momento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Meirelles minimizou os efeitos das denúncias de corrupção que atingem o governo e o presidente Michel Temer. Ele lembrou que as denúncias envolvem PT, PSDB e muitas outras legendas.
Pesquisa
O ex-ministro da Fazenda afirmou também que não vê necessidade de se descolar da imagem do presidente Temer.
Questionado sobre a informação de que 84% dos eleitores não votariam em um candidato apoiado pelo presidente, divulgado em pesquisa do instituto Datafolha no último fim de semana, Meirelles afirmou que existe grande desconhecimento por parte dos eleitores em relação ao histórico do governo e também ao seu nome.
"O governo tem uma trajetória bem-sucedida", disse, enumerando as reformas aprovadas e o retorno ao crescimento econômico do PIB do ano passado. Segundo o emedebista, o Brasil deve crescer cerca de 3% este ano independente do cenário eleitoral e, completada a agenda de reformas, pode sustentar expansões anuais de até 4% ao ano.
Meirelles se mostrou confiante sobre a capacidade de atração de sua própria figura. Segundo ele, pesquisas qualitativas mostram que existe muito potencial de crescimento de seu nome. "As pesquisas mostram que eleitores querem candidato com seriedade, competência e integridade.
"A eleição atual mostra oportunidades de crescimento para perfis como o meu. Então existe uma tendência de crescimento da intenção de voto em mim a partir do lançamento da campanha", acrescentou.
As declarações foram dadas em coletiva de imprensa após participação na 19 Conferência Anual Santander, em São Paulo, na tarde desta terça-feira. Em três dias, o evento vai reunir outros presidenciáveis como Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Flávio Rocha (PRB), Rodrigo Maia (DEM) e João Amoêdo (Novo).
(Marcelo Osakabe e Paulo Beraldo).