Procurado pela Polícia Civil desde a manhã desta quarta-feira (18), a defesa do vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Wellington Magalhães (PSDC) afirma que parlamentar não está foragido da Justiça e que, na verdade, ele não foi encontrado. Magalhães está sendo investigado por fraude em licitação.
Leia Mais
Vereador Wellington Magalhães é considerado foragido, diz MPJustiça manda prender vereador Wellington Magalhães e mais 7 por fraude em licitaçãoWellington Magalhães assume mandato na Câmara e anuncia postura de independênciaAfastado da Câmara de BH, Wellington Magalhães mantém seus funcionários no gabinete Câmara de BH convoca suplente de Wellington MagalhãesNomeação de suplente de Wellington Magalhães (PTN) na Câmara de BH é adiadaJustiça concede habeas corpus a Wellington Magalhães, que usará tornozeleira eletrônicaPresidente da Câmara de BH diz que jurídico estuda suspensão do salário de Wellington MagalhãesEx-presidente da Câmara de BH, Wellington Magalhães se entrega à Polícia Civil Wellington Magalhães será suspenso da Câmara, mas ganhando salárioWellington Magalhães não perderá o mandato de vereador, entenda por quêSegundo Salles, pode haver uma negociação para que o parlamentar se apresente à polícia.
Também é considerado foragido o assessor dele, Rodrigo Dutra. "A Polícia Civil continuará à procura desses indivíduos, movimentando por toda a cidade", afirmou nesta quarta-feira o delegado Fernando Lima, um dos coordenadores da operação.
'Político sujo'
A prisão preventiva é cumprida por tempo indeterminado e foi determinada pela 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Por ter mandato parlamentar, Wellington Magalhães tem direito a cela especial. Quando localizado, Magalhães deverá ficar preso na Penitenciária Nelson Hungria.
A Operação Sordidum Publicae (político sujo) tem como objetivo cumprir oito mandados de prisão preventiva em Belo Horizonte . De acordo com o MPMG, o vereador é suspeito de liderar uma organização criminosa que fraudava licitações de publicidade na Câmara.
Segundo o MP, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$ 30 milhões. Até o momento, seis pessoas já foram presas, entre elas Kelly Magalhães, mulher do parlamentar.
Os seis presos foram encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia e serão transferidos para penitenciárias ao longo do dia. Todos os investigados tiveram bens imóveis e móveis sequestrados, como carros, computadores e documentos. Também de acordo com o MP, a prisão preventiva dos oito investigados foi decretada porque há fortes indícios de autoria e a liberdade deles poderá oferecer "grave risco para a ordem pública".
'Amigo'
Durante a coletiva à imprensa, veio à tona que há duas semanas a ex-chefe da Polícia Civil em Minas, Andrea Vacchiano, teria prestado depoimento ao Ministério Público, quando relatou que foi intimidada e constrangida por Wellington Magalhães durante reunião com o vereador e o então secretário de Governo e deputado federal Odair Cunha (PT). No encontro, também teria sido solicitado que a Polícia Civil atendesse a pedidos de Magalhães, que seria um "amigo" do governo.
“Ela prestou depoimento há duas semanas e declarou que foi constrangida na frente do Odair Cunha, então secretário da Casa Civil, na qual lhe foi pedido que atendesse a todos os pedidos desse indivíduo (Wellington), do líder da organização criminosa, porque ele seria amigo dele (Odair), de alguém”, contou Barbabella. Vacchiano deixou a PC em agosto de 2016. Segundo o MP, será instaurada uma apuração para verificar a reunião, que teria ocorrido em 2016. .