Brasília - Depois de o presidente Michel Temer informar que solicitaria que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, investigasse possíveis vazamentos em torno do inquérito dos portos, o ministro soltou nota na tarde desta sexta-feira (27), confirmando que acatou a ordem.
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Só um irresponsável colocaria minha família como lavadora de dinheiro, diz TemerTemer nega ter recebido propina para reformar e comprar imóveisPolícia Federal pede mais 60 dias para investigar Michel TemerDelegados da PF criticam entrevista de Temer e dizem não admitir 'pressão'Hoje de manhã, ao fazer um pronunciamento para rebater reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Temer disse que não deixaria impune os seus acusadores. "O ataque é de natureza moral, de pessoas que eu não sei se têm moral para fazê-lo, essa é a grande realidade. Se pensam que atacarão minha honra e da minha família e vão ficar impunes, não ficarão sem resposta, como essa que estou dando agora. Eu até solicitarei para que realmente as instituições possam funcionar regularmente, vou sugerir ao ministro Jungmann que apure internamente como se dão esses vazamentos irresponsáveis", afirmou Temer.
Segundo a reportagem, a Polícia Federal suspeita que o presidente possa ter lavado dinheiro que supostamente recebeu como propina em reformas nas casas de familiares e em transações imobiliárias dissimuladas.
Na nota divulgada nesta tarde pelo ministro, Jungmann afirmou que no Estado democrático de direito "não é admissível comprometer o legítimo direito de defesa e a presunção de inocência de qualquer cidadão ou do Senhor Presidente da República". "A violação do sigilo profissional pelos responsáveis pela condução dessa ou de qualquer outra investigação é conduta passível de sanção administrativo-disciplinar, cível e penal. Além disso, depõe contra o reconhecido profissionalismo das instituições investigadoras", escreveu.
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