São Paulo, 30 - As maiores e principais centrais sindicais do País planejam para este 1.º de Maio, em Curitiba, ato ‘Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre’. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão em uma ‘sala especial’ no último andar da sede da Polícia Federal na capital paranaense desde a noite de 7 de abril.
Segundo o PT, será a primeira vez, desde a redemocratização, que as sete maiores centrais vão se unir para o 1.º de Maio. O partido divulgou em seu site que ‘a defesa da liberdade do ex-presidente Lula’ unificou CUT, Força, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical. A sigla sustenta que Lula é ‘preso político’.
O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. Segundo a Operação Lava Jato, Lula recebeu propina de R$ 2,2 milhões da OAS na forma de ampliação e melhorias do imóvel situado no litoral paulista, que o petista afirma não ser seu.
Lula responde a mais seis processos criminais, quatro em Brasília e dois sob condução do juiz Sérgio Moro - um sobre o sítio de Atibaia, que o ex-presidente também afirma não ser seu, e o outro sobre suposta propina da empreiteira Odebrecht para aquisição de um apartamento vizinho ao imóvel onde reside em São Bernardo do Campo e de um terreno onde seria instalada a futura sede do Instituto Lula. Em todos os casos, o ex-presidente nega a prática de qualquer ato ilícito.
Segundo o PT, como tem ocorrido desde a instalação da Vigília Lula Livre na capital paranaense, a manifestação desta terça, 1, será a partir das 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), no centro histórico de Curitiba, e ‘terá um forte ingrediente cultural, com apresentação de artistas conhecidos por terem posicionamento em defesa da democracia, como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadu, o rapper Renegado e muitos artistas locais’.
(Ricardo Brandt e Luiz Vassallo)