Brasília, 30 - O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, confirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o reajuste no benefício médio do Bolsa Família será de 5,67%. A reportagem antecipou mais cedo que o aumento ficaria entre 5,5% e 6%, acima da inflação do ano passado, que foi de 2,95%.
Segundo o ministro, o reajuste entra em vigor na folha do mês de julho. O impacto estimado para este ano é de R$ 684 milhões.
O presidente Michel Temer disse na tarde desta segunda-feira, 30, em pronunciamento divulgado no Twitter que o reajuste no benefício já estava autorizado, mas não especificou o porcentual.
A equipe econômica preferia um reajuste apenas para repor a inflação de 2017, mas a ala política do governo defendeu um porcentual maior e saiu vitoriosa.
Com a decisão de dar aumento real aos beneficiários do Bolsa Família, os técnicos da área econômica terão agora que fazer os cálculos para acomodar o custo do reajuste dentro do Orçamento deste ano.
O principal obstáculo a um reajuste maior que a inflação era justamente o impacto sobre as despesas do governo, que já estão bloqueadas devido à possibilidade de frustração de receitas com a privatização da Eletrobras e também tem a limitação do teto de gastos.
O último reajuste do Bolsa Família foi anunciado em junho de 2016, logo após a posse do presidente Michel Temer, com aumento de 12,5%.
O Bolsa Família atende atualmente a 13,8 milhões de famílias com renda per capita até R$ 85,00 mensais, ou até R$ 170,00 mensais quando incluir crianças ou adolescentes até 17 anos. O Orçamento previsto para o programa é de R$ 28,2 bilhões.
(Idiana Tomazelli)