O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde desta quarta-feira, 2, o julgamento sobre a extensão do foro privilegiado para deputados federais e senadores. Ao início da sessão, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, esclareceu que a hipótese em discussão é sobre delito praticado por alguém que não era parlamentar e depois se tornou.
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Toffoli resgata história e defende a manutenção do foro privilegiadoBarroso diz que Supremo discute extensão do foro para crimes antes do mandatoMoraes diz que julgamento de foro 'não altera imunidade de parlamentares'Dez ministros do STF já votaram pela restrição do foro, mas sessão é adiada para amanhãSupremo retoma sessão sobre restrição do foro privilegiadoJá o ministro Alexandre de Moraes também concorda com a restrição do foro privilegiado, mas em menor extensão. Para Moraes, a prerrogativa deveria valer para crimes cometidos a partir da diplomação dos parlamentares, independentemente de terem relação ou não com o cargo.
"Na ocasião da sessão passada, o ministro Alexandre de Moraes me indagou sobre essa questão, e eu explicitei que só tratei da situação que envolva delito praticado por alguém que não era parlamentar e depois se tornou parlamentar. Essa é a hipótese sendo tratada", esclareceu Barroso ao início da sessão desta quarta-feira.
O julgamento foi retomado nesta tarde com o voto do ministro Dias Toffoli. Além de Toffoli, não votaram os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.
Segundo a reportagem apurou, Toffoli deverá acompanhar a tese de Moraes, considerada mais objetiva e com um marco temporal mais delimitado que a de Barroso.
Toffoli já sinalizou a interlocutores que a restrição do foro deveria valer não apenas para deputados federais e senadores, mas para outros cargos. O ministro também questiona se legislações estaduais podem dar prerrogativa para autoridades locais, como procuradores.
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