A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão em quatros estados brasileiros, - Minas Gerais, São Paulo , Rio de Janeiro e Rio Grande Do Sul, além do Distrito Federal -, e também Uruguai e Paraguai.
Estão sendo cumpridos 43 ordens de prisão preventiva no Brasil e seis de prisão preventiva no exterior, quatro de prisão temporária, e 51 mandados de busca e apreensão.
Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal - e também no Paraguai e Uruguai.
A delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, resultou na operação. Ambos trabalhavam em esquema que envolvia o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) e revelaram a existência de um sistema chamado Bank Drop, composto por 3 mil offshores em 52 países, e que movimentou US$ 1,6 bilhão.
Os alvos são doleiros, clientes desse sistema e usuários finais do esquema. Um dos mandados é contra o doleiro Dário Messer, que tem residência no Rio de Janeiro e no Paraguai, citado no Mensalão e Banestado, e apontado como principal doleiro no país.
Os suspeitos integravam um esquema de remessa ilegal de recursos para o exterior. O envio desse dinheiro era feito por meio de instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.
Segundo a polícia, eram 3 mil empresas offshore em 52 países, que movimentavam US$ 1,6 bilhão (R$ 5,6 bilhões pela cotação atual). As empresas ficam em paraísos fiscais e são usadas para ocultar o verdadeiro dono do patrimônio depositado em conta.
Em Minas, a PF está em frente a um prédio comercial localizado no Bairro Barro Preto, na Região Central de Belo Horizonte. Há mandado de prisão também está sendo cumprido em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Operação
Segundo o Ministério Público Federal, que também participa da chamada Operação 'Câmbio, Desligo', a ação visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa.
A operação conta com o apoio da Receita Federal e de autoridades uruguaias.